Recarregado de energias pagãs em Stonehenge, fui seguir viagem, desta vez a Cardiff, no País de Gales (ou Cymru em Galês-Welsh). Tempo muito ruim, chuva, frio, vento, já vinham me acompanhando desde Londres, mas de forma descontínua. De Cardiff em diante, pelas 3 semanas seguintes, o clima continuou horrível. Não encontrei um único dia de Sol pleno desde então. Tem atrapalhado, mas não arruinado minhas andanças.

Pois bem, uma das intenções em ir a Gales, assim como às Irlandas logo após, era tentar capturar algo desta sensação de se ser um povo, uma cultura, mas ser ainda parte de um império louvando rainhas que nada têm a ver com sua própria identidade.

Cardiff, por ser muito próximo a Inglaterra, muito pouco tem de Galês; de fato, você se sente apenas como se estivesse em outra parte da Inglaterra, embora quase todos os sinais/placas contenham ambas versões inglês/welsh, como algumas das fotos abaixo mostram. A hospedagem foi neste albergue aqui, muito bom. Pensei então em passar um tempo em Caernarfon, já na divisa com a Irlanda, aonde me disseram que se pratica com mais predominância o Galês, mas mudei de planos em última hora.

Aliás, não tenho a menor intenção ou capacidade de discorrer aqui sobre diferenças entre Irlanda/Gales/Escócia, Celta/Welsh/Escocês, os ramos de linguagem que se desenvolveram com o tempo e invasões, e tal. Apenas uma enorme curiosidade, ligando os povos pagãos subjugados na atual Grã-Bretanha por Roma e depois pela Inglaterra, aos nossos pagãos latinoamericanos dizimados por Portugal/Espanha, entre outros.

Embora Cardiff seja relativamente simples e pequena, a viagem de trem cruzando o País de Gales até Holyhead, aonde então toma-se o ferry boat cruzando o Mar da Irlanda até Dublin, é fabulosa. Também há algumas fotos dessa viagem de trem e de ferry no álbum. Curiosidade: no caminho, passa-se por uma vila cujo nome é tido como o mais longo do planeta. Quem quiser conferir, tá no álbum tb... é só por no google prá saber a tradução. :)