Istambul, o centro Otomano em Sultanahmet e a miragem de Constantinopla na confluência das águas  

Posted by carlos in

O segundo album foca no imenso Palácio Topkapi, ainda em Sultanahmet na península, a residência oficial dos Sultanato Otomano de 1465 a 1856, que foi iniciado por Mehmed II em 1459 e aumentado principalmente por Suleiman I na época de ouro do império. O palácio é um enorme complexo, com o Harem, inúmeros pavilhões, prédios, quiosques, câmaras, aposentos, jardins, relíquias, mesquita, museu, biblioteca, hospital, e terraços com linda visão, quase uma miragem, do encontro do Bósforo com o Mármara.

Em seu interior, também se encontra o Museu Arqueológico de Istambul (1891) e a
igreja Hagia Irene, primeira igreja Bizantina de Constantinopla, construída por Constantino I no século IV e sede do patriarcado ortodoxo antes de Hagia Sofia.
Além desta igreja, há por toda a área ao redor do castelo ruínas do Grande Palácio de Constantinopla, que foi a morada dos imperadores Bizantinos entre 330 e 1081. Topkaki, assim como boa parte da área de Sultanahmet, foi construído sobre a acrópole em que ficava o centro do império Bizantino; este, por sua vez, suplantou edifícios do império anterior, o Romano. Na área entre Hagia Sofia e a Mesquita Azul, se encontram: as ruínas do Hipódromo, centro social e esportivo Romano, erigido em 203; obeliscos como o de Tutmosis III, trazido de Karnak no Egito em 390 por Theodosius; a cisterna da basílica, do século VI sob Justiniano I, apenas uma das várias cisternas pelos subterrâneos da cidade; a igreja dos Santos Sergius e Bacchus, erigida em 537 por Justiniano I, depois tornada mesquita Küçük Ayasofya.

Terminando o segundo album o inacreditável Grande Bazar (1461), um dos maiores e mais velhos mercados fechados do mundo, com cerca de 1200 lojas em 58 ruelas. Há de tudo neste lugar! Diz a lenda que, aquele que procurar direito, irá achar a lâmpada de Aladin perdida em algum canto; depois de entrar por um de seus portões, você literalmente irá se perder lá dentro até sair por algum outro canto do bairro. Ao lado dele, há um outro, menor e aberto, o Bazar Mahmutpaşa, próximo da mesquita de mesmo nome. Há também fotos da farra no hostel, regada à narguile e dança do ventre!



O terceiro album começa com o Palácio Dolmabahçe, à margem do estreito, que se tornou o centro administrativo do império Otomano entre 1856 e 1922. A dinastia de Osman parecia estar cansada de seu antigo palácio e queria outro ainda mais luxuoso (são 14 toneladas de ouro e os maiores candelabros do mundo em seu interior) e mais Europeizado (seu estilo é um barroco-rococo-neoclássico); o primeiro morador foi o Sultão Abdulmecid. Mas no Dolmabahçe eu não entrei, só curti de fora, ao lado da Torre do Relógio e da mesquita. É que no dia anterior fui estupidamente vítima de uma armadilha para turistas (veja o fim do próximo post), perdi 300 euros em 1 hora, e estava para lá de deprimido; não quiz pagar outro ticket para visitar esse palácio, até porque o custo de vida em Istambul é caro. A vizinhança de Dolmabahçe é mais recente e opulenta, com ricas mansões se espalhando pela margem européia do estreito; no século XIX os sultões também começaram a construir palácios individuais, menores, nessa margem.

Outro foco do terceiro album é o bairro Galata, colônia Genovesa entre 1273-1453, que se conecta à península pela ponte Galata, tudo na margem européia; além da arquitetura particular, nesse bairro se encontra a Torre Galata (1348), que fornece a melhor visão panorâmica do centro antigo no distrito Fatih e do mergulho do Estreito no Mar. É de dilatar as pupilas! De volta ao chão, as antigas ruas de estilo Genovês de Galata dão acesso ao distrito Taksim, na parte mais moderna da cidade, de largas avenidas, arranha-céus e farta vida noturna, após os 3 km da avenida Istkal forrada de lojas, cinemas e restaurantes; junto com o distrito Beyoglu perfazem o lado mais moderno e culturamente diverso da cidade. Cruzando-se a ponte Galata, retornando a Fatih, fica a portentosa Mesquita Yeni Cami (conhecida por Nova Mesquita, feita em 1665); no fim do dia, vidrado por aquela paisagem de mesquitas dominando o céu e aquela multidão indo e vindo entre o Estreito e o Chifre Dourado, eu parei em Yeni para presenciar o culto. Outra parada imperdível ali ao lado é o Bazar das Especiarias; como o nome diz, há coisas e cores e pós e cheiros ali que não se medem em palavras. Não longe, fica a estacão final do antigo Expresso Oriente que cruzava a Europa a partir de Paris.

This entry was posted on sexta-feira, julho 30, 2010 at 4:55 PM and is filed under . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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