Como mencionado no post anterior, saindo de Bar minha primeira parada foi mais ao norte, em Kotor; localizada na Baía de Kotor, com 13000 moradores, possui um dos centros antigos mais bem preservados da Europa, e é englobada por um enorme muro que estende por quase 5 km pela montanha, iluminado à noite. Essa fortificação da cidade foi construída pela República de Veneza no século XV, que dominou a região por quatro séculos descontínuos, e cuja influência é visível na arquitetura barroca da cidade; a fortaleza passou também por mãos Otomanas e Austro-Húngaras, até ser abandonada no fim da primeira guerra mundial. Já nas ruelas do centro antigo, um dos principais prédios é o da catedral de 'St. Tryphon, erigido em 1166, hoje centro da arquidiocese croata-católica nessa área de maioria ortodoxa-montenegrina. Os primeiros registros da cidade datam de 168 AC, quando esta parte da Ilíria foi anexada à província Romana da Dalmácia; desde então, testemunhou a presença de todos os impérios que se aventuraram pela área, como ocorreu em toda península.

A visão panorâmica a partir do topo da montanha onde reside a antiga fortaleza e o castelo de San Giovanni é simplesmente indescritível. É isso que contém este primeiro album, juntamente com as estruturas da fortaleza e as ruelas da cidade antiga, em solo.



Do outro lado da baía encontra-se o ultra bucólico povoado de Perast, com seus 350 habitantes. Suas edificações antigas apresentam o mesmo barroco Veneziano presente em Kotor. Em frente à sua costa, duas pequenas ilhotas com uma capela em cada são a atração: ilha de São Jorge e seu monastério Beneditino do século XII; igreja Nossa Senhora da Pedra, construída inicialmente ortodoxa em 1452 e depois tornada católica em 1632, esta em uma ilha artificial.

Este segundo album mostra a bucólica Perast e suas duas ilhotas.



Foi em busca de praia, areia, que rumei ao sul de Kotor até chegar na chamada riviera de Budva, o centro turístico do país, onde me juntei aos novos amigos da viagem que comentei no post anterior. Tão linda quanto Kotor, mas um pouco maior com cerca de 15000 habitantes, com pouco mais infraestrutura e vida noturna, seu centro antigo também se localiza dentro dos muros construídos por Veneza para se defender dos Otomanos; sua mais antiga igreja, St. Ivan, data do século VII. Felizmente, a alta temporada já terminara quando por lá estive; Budva se tornou um destino ´cool`, celebridades a visitam e muitos milionários se mudaram ou compraram terras em sua riviera. O fato é que, durante o pico do quente verão local, quando a cidade chega a receber 5 vezes sua população, são comuns problemas de abastecimento de água, trânsito caótico nas pistas conectando as praias, preços encarecidos nos bares e boates à beira-mar que ficam abarrotados de turistas ávidos em curtir a noite até o amanhecer na praia. Eu de fato não gosto dessa superpopulação, mas também estava tudo muito pacato em Novembro; o melhor deve ser ir no fim da alta temporada e pegar algo intermediário.

O album a seguir mostra Budva, suas praias e centro antigo. Além disso, fotos das paradas que fizemos por outros pontos do litoral, pouco mais ao sul, como em Petrovac e Sveti Stefan.



Realmente extasiados com a beleza de Montenegro, era hora de sair para uma aventura bem mais incerta, aonde não sabíamos quase nada do que poderia acontecer: Albânia!