Começando o giro pelo conturbado Oriente Médio  

Posted by carlos in

Um importante post introdutório da etapa Oriente Médio, última da viagem.

Usei muito desse meu enorme giro até então pela Europa para também aprender além do que nos ensinam os livros. E valeu muito! Consegui tapar muitos buracos da história ensinada, ao menos minha cabeça ficou mais esclarecida e acho que consegui me dar uma visão mais profunda de como eu, e o 'lado de cá' do mundo, vim a nascer "isso" que nasci. Depois da Europa Ocidental, passei a escrever longos posts com muita história, além de expressar certas opiniões, principalmente na Bósnia (e Balcans), Grécia e Turquia, palcos antigos e recentes do encontro Ocidente-Oriente que tem delineado quase tudo o que aconteceu até há pouco no lado de cá do planeta; tomara que tenha sido útil para mais alguém!

Agora, nesse breve mergulho que eu iniciava na borda do 'lado de lá' do mundo, o Oriente Médio, tinha a intenção de colher as primeiras impressões dessa cultura que, gostem ou não, é infinitamente distinta para depois eu sanar minha maior ignorância do mundo Árabe. Ainda me devo essa tarefa, aos poucos em andamento, e um pouco facilitada agora depois das impressões in-loco. Por causa dessa dívida comigo mesmo, nos posts a seguir pelos países que visitei dessa hiper-conturbada área do mundo que viu nascer as três infelizes religiões monoteístas que o moldaram, vou tentar me reter mais ao cunho turístico-histórico de dado lugar.

Em termos turísticos, viajar por terra dentre esses pequenos países (Síria, Jordânia, Líbano, Israel, Palestina) saindo da parte Asiática da Turquia até chegar no Egito Africano, é infinitamente mais complicado do que viajar pela Europa. Como Brasileiros precisam de visto em cada um deles e eu iria tentar conseguí-los apenas nas fronteiras (não ia mais perder tempo em Consulados como perdi em Ankara tentando o visto Sírio), cada curta viagem de uma ou duas centenas de quilômetros acabava por tomar o dia todo, sem contar que em geral não há ônibus com horários pré-definidos, apenas lotações que partem quando seus assentos estão tomados. Outra enorme dificuldade é que não só o inglês não é comum no dia a dia desses países (excetuando-se seus pontos mais turísticos), mas a maior parte de placas, endereços, letreiros (inclusive de ônibus) só existe no alfabeto Árabe.

Resumindo, por vezes cada simples locomoção de um ponto a outro virava uma baita dor de cabeça para um forasteiro avulso como eu, tentando se virar sem fazer parte de grupos fechados ou excursões e querendo conhecer a vida normal dos nativos fora das bolhas turísticas. Como esses países não são, digamos, parte do circuito mochileiro, também é raro de se achar albergues e o jeito é apelar para os hotéis mais simples possíveis; em termos de diárias, o gasto dava quase no mesmo. Apenas dentro de Israel esses problemas ficavam um pouco mais fáceis, país o qual me prometi visitar sem levar minhas pré-concepções mas que apenas foram redobradas ao ver in-loco apenas um pouco do como esse Estado Terrorista lida com terras e almas da Palestina que ele ocupa ilegalmente (sem mencionar a recente carnifica que seu exército fez no Líbano). Mas acabei de escrever acima que não iria me reter a essa parte...

Pois bem, tecidos os comentários inicias, voltemos à estrada!

This entry was posted on quarta-feira, agosto 11, 2010 at 2:20 PM and is filed under . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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